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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Buzz Marketing!


A Ac Nielsen efectuou um estudo de mercado para responder à pergunta: Quais os meios de comunicação em que os consumidores mais confiam e que, por isso mesmo, se tornam mais eficazes?

O estudo de mercado foi a nível Global incluindo 26,486 cibernautas de 47 mercados espalhados pelo mundo.
Tentou-se perceber a atitude dos consumidores face a treze suportes comunicacionais diferentes - desde o tradicional anúncio de jornal e Tv aos modernos meios via internet.
Como se pode observar no quadro ao lado, a opinião dos outros consumidores é sem dúvida o meio mais confiável, tendo sido eleita por 78% dos inquiridos seguindo-se dos Jornais (63%) e das opiniões de outros consumidores publicadas online. Assim se nota o poder do Buzz Marketing! (CLICAR NA IMAGEM PARA AMPLIAR)
(Fonte: Revista Distribuição Hoje - Janeiro de 2008)

BUZZZZZZZZZ


No Livro Anatomy of Buzz, Emanuel Rosen (2001) descreve o Buzz como a organização industrial do rumor, do boca-a-orelha, em favor de uma marca ou de um produto. Para ele, a melhor maneira de vender produtos ainda passa pelos consumidores comentarem entre si os produtos e os serviços, e eles mesmo difundirem a aura, as vantagens da marca, sem passar pelas formas clássicas e agressivas do Marketing Tradicional.
Fazer Buzz, para Rosen, consiste em conseguir que os clientes criem um “zumbido” (Buzz) sobre a marca.

No entanto, Georges Chetochine (2006) discorda, assegurando que o boca-a-orelha sempre existiu, hoje é mais intenso pelo simples motivo de a internet facilitar a comunicação, divulgando a mensagem à velocidade da Luz. Continua defendendo a ideia de Seth Godin (2000), que afirma que o Buzz Marketing corresponde a uma verdadeira revolução na maneira de elaborar estratégias e terá primordial importância no futuro.

Assim, este grande guru do marketing norte-americano define como interruption marketing (marketing de interrupção) a actual prática das grandes empresas de consumo e corporações de distribuição que visa bombardear o cliente, o alvo, o consumidor, com publicidade, promoções e estímulos de todos os tipos, até interromper o fluxo de seu raciocínio e de seus hábitos e fazê-lo sucumbir à oferta imposta.

De acordo com informações divulgadas na imprensa, recebemos mais de 1800 mensagens publicitárias por dia, e apenas 15 delas chamam a nossa atenção.

Godin pretende chamar a atenção de empresas e consumidores para os efeitos devastadores do Interruption Marketing e encontrar soluções para manter o interesse pelas marcas e aumentar o seu consumo.

Para contornar o Interruption Marketing, este autor propõe uma solução que consistiria em adoptar o Marketing de Permissão - o cliente dá à empresa autorização para lhe vender, para o solicitar. Assim, o cliente tomaria a iniciativa de pedir informação necessária para se convencer a comprar o produto ou a marca, será aliado das marcas e participará voluntariamente no consumo.

Evangelização de Clientes pelo Marketing de Permissão

Georges Chetochine (2006) menciona também os autores Ben McConnell e Jackie Huba (2003) substituem o Marketing de Interrupção pelo Marketing de Permissão criando CLIENTES EVANGELISTAS.

O objectivo é aperfeiçoar e beneficiar do Buzz Marketing, fazendo com que seja realizado pelos Clientes Evangelistas - por autênticos propagandistas da marca, orgulhosos por converter os seus amigos, conhecidos e família à sua descoberta.

Um Cliente Evangelista é aquele que não pára de louvar as qualidades de um produto/serviço, que acredita nele e na sua marca, e não tem senão um desejo: COMPARTILHAR A SUA ALEGRIA, A SUA SATISFAÇÃO, O SEU CONHECIMENTO COM QUEM ESTIVER AO SEU REDOR.


Guy Kawasaki, importante autor de marketing, e introdutor das técnicas de marketing de guerrilha, resumiu as quatro principais razões para que as empresas adoptem a técnica do Buzz Marketing:
1 - É económico. Não é preciso pagar aos clientes evangelistas. Apenas é preciso ter a capacidade para motivá-los e dirigi-los.
2 - É eficaz. Pensem na última compra que fizeram. Certamente não foi por causa de um spot de TV, e sim, por alguma recomendação de um amigo, parente ou conhecido.
3 - É divertido. Não existe nada melhor que ficar perto, motivar e conviver com pessoas que amam a sua empresa, seus produtos, sua marca.
4 - É enlouquecedor. Enlouquece os seus concorrentes.Por constatarem, desesperados, quantas pessoas se estão referindo de forma entusiasmada e emocionante sobre seu produto, marca, virtudes,vantagens, exclusividades....”

O Buzz Mkt tem como desvantagens o facto de não ser facilmente mensurável e poder ter efeito contrário. O facto de atingir muitas pessoas e se propagar rapidamente, difícultará as acções das empresas para parar e ultrapassar o Buzz negativo.

Um exemplo negativo de Buzz foi contra a MacDonalds, quando alguém espalhou que tinha encontrado uma unha de Rato na comida e que a carne do Hamburguer era de Minhoca, que gerou um zumbido ainda maior. A marca apressou-se a realizar uma campanha onde afirmava que a carne era 100% bovina e convidava qualquer pessoa a visitar as suas cozinhas a qualquer hora!

In Revista Época: "A clássica história da carne de minhoca, que até hoje persegue o McDonald's, surgiu nos Estados Unidos, no final dos anos 70. De acordo com alguns sites, o boato de que a empresa misturava minhocas ao seu hambúrguer chegou a ser divulgado no programa de televisão americano 60 minutes e acarretou em prejuízos imediatos, como a redução de 30% nas vendas.Em 1992, o McDonald's fez uma coletiva de imprensa para desmentir o boato e comprovar a qualidade da carne. Para não haver dúvidas sobre sua seriedade, apelou para uma tática pouco convencional: considerada por muitos como uma empresa que visa o lucro acima de tudo, resolveu utilizar esse rótulo negativo ao seu favor. Ao provar, que a carne de minhoca era cinco vezes mais cara que a de vaca, mostrou que o boato não tinha fundamento, pois jamais substituiria uma carne por outra mais cara vendendo o hambúrguer pelo mesmo preço.O caso foi tão comentado que chegou a ser um dos assuntos da edição da revista americana Time do dia 30 de abril de 1992. Foi nessa época também que surgiu a campanha "100% carne bovina". Até hoje, cartazes com essa frase decorram alguns dos restaurantes da rede no Brasil e no mundo"

Torna-se um pouco complicado dar exemplos de Buzz Mkt, visto que o marketing viral faz parte do Buzz, logo os exemplos palpáveis referem-se a viral e tratam-se de vídeos. De qualquer das formas eis um exemplo que gerou um word of mouth negativo para a Coca-Cola e para a marca Mentos




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